a infinita ausência

Tuesday, July 14, 2009

14 de Julho de 2009

Querida Teresa

As férias têm-me trazido uma certa moleza e indisciplina para o trabalho intelectual. Acordo tarde nas folgas, deixo-me arrastar pelas trivialidades e esqueço-me do que é realmente importante. Curiosamente nestes últimos dias tenho pensado em ti, das centenas de e-mails que trocámos, das tuas palavras milagrosas capazes de suavizar a aridez dos meus dias ou de ressequir a pouca alegria da minha alma. Revi as tuas fotografias, sempre deslumbrante, segura, sorridente - mulher de beleza estática e avassaladora.
Jurei dedicação eterna no cultivo deste sentimento que tão bem conheces há dez anos. Jurei também que a tua beleza será única e insubstituível, mesmo que o teu rosto venha a ser encarquilhado e correado, e o teu corpo volumoso e disforme, sempre te verei como pela primeira vez. O silêncio, a ausência e a distância apenas enfatizam e credibilizam a minha promessa.

2 Comments:

  • At 10:16 AM, Anonymous Anonymous said…

    Descobri o seu blog e estou a adorar, sabe tambem eu entrei no mundo virtual de alguem, tambem me apaixonei e sofro por isso, é difícil viver assim... Pensei nunca mais fazê-lo mas o destino é tramado e, aqui estou...
    Felicidades.

     
  • At 11:46 AM, Blogger ec said…

    Olá, obrigada pelas suas palavras. Imagino como é difícil viver amando sem ser correspondida, mas com o tempo há-de conseguir ultrapassar o sofrimento. O destino é tramado sim, porque não se escolhe quem ama. Um abraço.

     

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