a infinita ausência

Thursday, October 23, 2008

23 de Outubro de 2008

Querida Teresa,

Deixa-me saudar-te com a força do sol esplêndido, que neste momento me arrebata a inspiração com o seu calor. Está efectivamente um dia bonito, em que apetece estar em casa e não me fechar num cubículo de ferro, aço, madeira para no final do mês ter uns míseros euros para a sobrevivência. No entanto, isso é tão necessário como o alimento da alma e do espírito que é a escrita - não só de pão vive o homem mas não se vive apenas de utopias nem de fantasias. Quando tinha dezassete anos julgava que era possível viver e morrer por tua causa, pelos vistos, dez anos depois continuo a respirar com urgência como um clarão. Tenho em mente alguns projectos, ando a esboçar textos, versos, ideias tão refulgentes que chegam a arder as minhas mãos. Trago-as acesas, quentes, sedentas de palavras, as que transbordam do meu corpo para o papel, as passíveis de reclamar o teu regresso.

3 Comments:

  • At 3:09 PM, Blogger Moony said…

    Achei especialmente bonito este post :)

     
  • At 4:30 PM, Anonymous Anonymous said…

    obrigada por ainda vires a este cantinho cujo sentido já se tornou discutivel.

     
  • At 1:00 AM, Blogger Moony said…

    Só para te desejar um Feliz Natal :)

    beijinhos

     

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