29 de Novembro de 2007
Querida Teresa:
Apesar das tarefas inadiáveis e das preocupações constantes, tens vindo dançar subtilmente no meu pensamento, como uma velha amiga desaparecida. Como se soubesses, algures na tua ilha longínqua e inacessível, que padeço em silêncio; não só porque efectivamente deixei de te pertencer mas também porque aquela angústia tão nossa e tão pessoana me tem caiado o seio de sufoco. Tomara conseguir dizer-te isto, como nos velhos tempos, correr de braços abertos para o nosso abrigo virtual e deixar naturalmente escorrer as palavras como lágrimas, e depois receber as tuas, tão fascinantes, tão raras, tão sagradas. Mas, o tempo mudou-me, oprimiu-me o coração; e a tua mudez coseu-me os lábios claros onde um mar de beijos interditos mordiam incessantemente o teu nome.
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