15 de Setembro de 2007
Querida Teresa:
Regressei ao meu país emprestado, aquele que tu dizes já não te pertencer, mas eu adoptei-o como se tivesse sido meu desde sempre. Estou mais tranquila, a distância que o teu corpo move é a mil anos luz desta sala amena onde escrevo secretamente; a alma já respira com a normalidade necessária para o equilíbrio são. Enviei-te e-mails desde que cheguei, o último não respondeste, mandaste apenas um fwd a anunciar o teu novo endereço electrónico. Óptimo, assim deixarei o silêncio que tanto gostas de morder, no dorso exausto deste sentimento estúpido.
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