12 de Novembro de 2007
Querida Teresa:
Hoje por mero acaso me encontrei a navegar no site da instituição onde trabalhas. Saudei-te levemente com o cursor, como se cada curva assombrosa do teu nome fosse uma missanga do teu cabelo perfumado, como se eu, de facto, pudesse estar a senti-lo.
Lembrei-me, inevitavelmente, do nosso último encontro, em que de novo mal sei do que te falei, enquanto tudo o que falaste está cerrado nos meus punhos. Foi então que o mar da tua ausência reflectida, inundou-me o peito de sal, a saber a sonhos impossíveis - uma muda indignação contida, que agora, pude enfim, libertá-la. De facto, só a escrita permite aquietar a escuridão da masmorra do amor, da vida, de mim mesma.
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