a infinita ausência

Friday, August 17, 2007

6 de Setembro de 2007 (madrugada de impotência)

Querida Teresa:

A insónia ataca-me com brutalidade, e é a tua voz que eu anseio ouvir na escuridão opaca deste quarto... Lamentavelmente voltei ao ciclo vicioso da angústia amorosa que decerto calculas o seu poder sobre mim, mais o desespero silenciado até à exaustão porque é um segredo que escondo do mundo real que nos possa conhecer (quanto menos gente souber, melhor para ti, eu não me importo que me apontem o dedo mas jamais permitirei que o façam a ti). Sei que não me vais dizer nada sobre as cartas de amor repletas de infâmia que te mandei no momento crítico de delírio amoroso; hoje peço-te que esqueças aquelas palavras, rasga-as se puderes e deixa que o vento as leve para uma ilha deserta – o meu espírito estará à tua espera ao fim dos séculos, com a mais bela poesia tatuada nos pulsos.

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