a infinita ausência

Friday, August 17, 2007

8 de Setembro de 2007

Querida Teresa:

Foi em nome dos 181 e-mails que ao longo destes anos me mandaste, que hoje decidi procurar-te, oferecer-te um presente; sempre que nos encontramos, deixo-te uma lembrança minha, este ano tive a ideia maravilhosa de te presentear um perfume, pois pelos vistos gostaste, aliás, disseste “adorei” e fiz-te lembrar de um odor peculiar na tua adolescência. Infelizmente ou felizmente não te vi, incumbiste ao teu marido para vir buscar “aquilo que me esqueci de te entregar”, (“que chatice, agora não posso, estou a entrar para o duche, deixa-me pensar”) e à uma em ponto, lá estive à espera de entregar a derradeira prenda adiantada dos anos... “Ainda não sei se vou lá estar, se não estiver estará o...”, o sortudo, o privilegiado da tua vida. Ele pareceu-me mais gordo mas mais simpático, não me esquecera; o teu filho, meu Deus, como está crescido, possui um sorriso imensamente belo e cativante como a mãe. Não escondo que fiquei desiludida por não me concederes cinco minutos do teu dia para me ver, apesar de após de ter desligado o telemóvel ter a certeza absoluta de que não virás. Como te conheço bem Teresa...
Pensei não te dizer mais nada porque fiquei magoada, mas ligaste-me depois de abrires o presente, foi uma surpresa muito boa. Então, regresso a ti, silenciosamente, secretamente como uma melancolia crepuscular.

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