a infinita ausência

Friday, August 17, 2007

7 de Setembro de 2007

Querida Teresa:

“Achei-te fantástica”, diz-me por que é que não consigo acreditar nas tuas palavras? Soam-me vãs, a eufemismos piedosos por saberes que o meu coração é o único lugar neste mundo em constante mutação, imutável, onde podes ser amada de forma segura, constante, eterna. E por isso, vale a pena agradares-me, não custa nada escrever umas linhas, pois não estás a ser testada na vida real pelo meu olhar atento e bom entendedor. Quando recordo do teu sorriso e do teu abraço no momento tão verdadeiros e intensos, um cansaço secular esbofeteia-me de vexame, porque depois desse espectáculo comovente só me ofereces silêncio perante o meu desespero.
Parto daqui a dois dias, a minha alma espera com avidez um pouco de paz e sossego, preciso de te esquecer por instantes, não quero me enlouquecer e decidir correr onde sei que poderás estar, e humilhar-me.

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