8 de Julho de 2010
Querida Teresa
cheguei da nossa cidade há pouco tempo, como anunciei aqui não fui à tua procura, embora nos últimos dois dias a vontade de te rever fosse imensa, e só de imaginar a tua surpresa (encenada ou não), os teus gestos, as tuas palavras, enfim, tudo relacionado contigo que pesa docemente em mim, ficava com a pulsação descontrolada. Sempre que passava pelos lugares onde te poderia ver, pousava o meu olhar atentamente durante muito tempo, quem sabe não me irias surpreender? Mas só encontrei pessoas que te conhecem, teus colegas do trabalho, notei que já estão mais envelhecidos: cabelos brancos despontavam sem dó nas suas cabeças e nas suas barbas. Mesmo que estejas também assim, não é por isso que a tua beleza fica diminuída, muito menos o que sinto por ti poderia transformar com tão pouca coisa.
Talvez daqui a uns anos, sentir-me-ei digna de te olhar: olhos nos olhos.
2 Comments:
At 9:47 AM, Anonymous said…
giscarGostaria de ter a sua coragem e fazer uma homenagem como a que faz á sua amada, mas não tenho...
Continuo a desejar-lhe sorte.
At 3:46 PM, ec said…
Não pense assim, estou longe de ser corajosa, pois se fosse, tinha dito isto tudo que escrevo para ela pessoalmente, olhos nos olhos, sem hesitações. Mas agradeço pelas suas palavras e desejo-lhe sorte também.
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