a infinita ausência

Saturday, July 09, 2011

9 de Julho de 2011

Querida Teresa


Passou apenas um dia quando partiste para respirar o ar puríssimo das montanhas, sentir a temperatura gélida cortante e a adrenalina viva do esqui. Eu estou presa nesta cidade cosmopolita, cinzenta de betão e de fumo, atulhada de gente pouco civilizada mas pujante de fortes odores corporais. O que dava luz, cor e vivacidade a esta terra era a tua existência nela, era a ideia entusiasmante de poder encontrar-te a qualquer momento. Agora tudo se me tornou indiferente. Quando regressares, já eu estaria em Portugal, voltarei à normalidade dos dias e das ocupações mais úteis. Espero com ansiedade que me escrevas, que me envies fotografias da tua viagem - não me desiludas desta vez. Vou agora embriagar-me nas leituras, é a única coisa enriquecedora que se pode fazer aqui.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home