15 de Julho de 2012
Querida Teresa,
Curioso como há dois dias pediste-me notícias. Tens perpassado a minha mente como um relâmpago inesperado do estio, e eu deixei querer segurar-te firme nas minhas mãos oxidadas de tanto estar ao lume. Respondi-te tranquilamente, mas penso na possibilidade de me ver novamente encurralada na espiral da aflição cujo cheiro já está registado no meu ADN de amante-de-coisas-impossíveis. Contudo, estou serena e relativamente confortável caso o confronto com o teu silêncio seja aberto; tornei-me tolerante e experiente em travar relações diplomáticas com a tua ausência. A palavra-chave é a espera. Sou nova, paciente, idealista, nada me impede de continuar a esperar, a sonhar com qualquer coisa especial entre nós duas, embora não saiba ao certo se isso é o mais certo...
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