a infinita ausência

Tuesday, July 24, 2012

24 de Julho de 2012

Querida Teresa,

E é assim que regressaste ao teu país de silêncio, distante e inacessível para mim. Aceito o teu afastamento embora não compreenda, talvez tenha criado demasiado expectativas. Não será possível criar uma amizade sólida assim, muito menos algo para além dela, somos diferentes e sobretudo não tens disponibilidade para mim. Para manter qualquer relação é preciso isso, mostrar afecto, seja pelas palavras ou acções. Talvez nunca me tenhas visto como uma amiga, mas então qual é o motivo dos teus e-mails inesperados? Who cares.
O teu silêncio abrupto também é positivo, torna-se um travão ao meu entusiasmo, à minha alegria e obsessão de te ler; exige que eu medite sobre o que está a acontecer para que a paz volte a reinar a alma. Estou bem, independentemente do que possas fazer ou não fazer, e creio que este processo se chama estar a envelhecer, no sentido positivo da palavra associado à tranquilidade, sabedoria e confiança, o que gosto bastante.

6 Comments:

  • At 11:28 PM, Anonymous pini said…

    Olá... vim aqui parar há uns meses, fruto do meu próprio desespero... a minha história em muito se assemelha a esta...até um blog eu lhe fiz qdo nos conhecemos... o que é lamentável... ao longo de 3 anos tb vivi isto... estes avanços e recuos constantes... ou pq era casada, ou o filho, ou o trabalho... ou isto ou aquilo... como se nós fossemos bonecos destes caprichos loucos e doentios... destes vicios de comportamento... estas mulheres são manipuladoras... fazem-nos sentir dependentes e tornam-se numa obsessão para quem cai na sua teia... acreditam que têm sempre razão... e que o mundo gira à volta delas... e acham q podem por e dispor dos outros... no fundo, são umas pobre coitadas, cuja auto estima perderam... são loucas e deixam os outros loucos... mas claro... a culpa nunca é delas... não sabem o que é o amor... nem lidar com esse sentimento... nunca talvez tenham tido exemplos de amor... mas gostam de ser bajuladas... são uma pobre coitadas... as sanguessugas de almas... enfim... neste momento estou numa pilha de raiva de mim mesma por ter sido tão otária ao longo deste tempo... claro que daqui a uns meses... lá vem ela... de mansinho... "então que tens feito... espero que percebas este mail"... puta que as pariu... é que vão gozar com a mãe delas... acham que os outros são descartáveis... as meninas donas da razão... revestidas de uma aparente inteligência e independência... tudo falso... uma capa que usam como escudo protector... e fazem os outros acreditar nestas mentiras... e lá está, aproveitam-se das mentes mais indefesas e talvez inocentes... as únicas que conseguem manipular e cegar... estou mesmo farta... e espero conseguir dizer-lhe não da proxima vez que me procurar... desculpe que lhe diga, mas meta um ponto final nisto... quanto mais atrás andamos, pior é! elas fazem-nos achar q são unicas... e os seres mais bonitos do mundo e logo a seguir deixam-nos de rastos! mas não temos amor próprio? será que o q elas nos dão é assim tão especial ou fomos nós que tivemos sempre muito pouco? um abraço. pini

     
  • At 9:57 AM, Blogger ec said…

    Olá pini, imagino o seu tormento e concordo que tome a decisão de seguir em frente, levar a sua vida aos eixos, pois só assim não será infeliz. A sua vida, a sua estabilidade emocional não pode depender de alguém que, aparentemente, não a ama, mas a vê como um canal de entretenimento que depois do show desliga e acabou. O amor está longe de ser isto: é respeito acima de tudo, é compreensão, é amizade, é companheirismo, é solidez, dá-nos certeza de que não vivemos sem essa pessoa - não pelas qualidades físicas nem o sexo mas pela forma como nos faz sentir, em casa. O amor é como um pássaro, precisa de duas asas para manter o equilíbrio e a pini tem tido apenas uma. Sabe melhor do que ninguém que algo está mal, porque sofre injustamente, se sofresse com justiça pela pessoa que a ama, valia a pena. Diga não da próxima vez e a razão é simples: a pini também merece ser amada, começando por si; ama a si própria com dignidade, seja compadecida com as suas fraquezas, quem não as tem? Com uma mente calma e sem emoções negativas, poderá seguir e recomeçar. Não antes. Se seguir com raiva é porque ainda algo a estremece. Pensa bem no que realmente essa mulher é e tem de tão especial? Talvez pouca coisa, ou talvez nada. Apaixonou-se por uma idealização da mulher que não existe, pois na realidade ela é tão vulnerável, comum, efémera como todas nós. Está num ponto crucial da vossa relação tumultuosa, está a despertar, a fazer muitas perguntas, isso é bom. No fundo, já sabe a resposta, o que deve fazer, já mo disse e eu concordo plenamente.

     
  • At 2:48 PM, Anonymous pini said…

    Já demos tantas voltas... e estamos exactamente no mesmo ponto de outrora... o vazio total e absoluto... olhe venha mas é daí tomar um café comigo :)pini

     
  • At 1:05 PM, Blogger ec said…

    Depois de mais de uma década de "amor" não correspondido ou impossível, transformei esse vazio total e absoluto em algo bonito e tranquilo. Um café? Por que não? :)

     
  • At 10:11 AM, Anonymous Anonymous said…

    o meu foi correspondido... mas tão instável que não sei o que é melhor ou pior... humpft...qto ao café, tempo não falta... é mesmo uma questão de combinar :)

     
  • At 8:03 AM, Blogger Davi Machado said…

    escreves muito bem!

     

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