a infinita ausência

Friday, December 17, 2010

17 de Dezembro de 2010

Querida Teresa

Na noite passada sonhei contigo, coisa rara de se ver! Conta-se pelos dedos as vezes em que isso aconteceu. Um misto de maravilha, de estranheza, até de mal-estar apoderou-se da minha alma, pois no sonho uma aproximação íntima, não só a nível emocional, realizou-se de forma tão clara e comovente, que me deixou sem saber o que pensar. Será que algo se passa nesse lado? Fui ver à caixa de correio quando é que me falaste pela última vez: foi em 2007. Os e-mails posteriores que te enviei com desespero agudo, com desespero silenciado ficaram. A ausência da tua resposta deu-me a entender que é tempo para te deixar em paz, como poderia ir contra a tua vontade? Se quando amamos devemos ter em conta o desejo da outra pessoa, antes dos nossos próprios anseios, caso não ferisse a nossa dignidade, aqui estou, para te dizer precisamente isto: quando quiseres, eu estarei à tua disposição, seja para o que for.