a infinita ausência

Sunday, February 27, 2005

27 de Fevereiro de 2005

Querida Teresa:

Abro o e-mail box já sem esperança de te ler, é-me indiferente, quer dizer, claro que me ias alegrar com uma palavra tua como os sorrisos que dantes espalhavas sob o pedestal de oiro, inconscientemente... Mal tu imaginavas o peso milenar que isso sustentava e provocava em mim, em todo o meu corpo pueril. Ainda sou a mesma, Teresa, a mesma que o destino quis que conhecêssemos há seis anos atrás e tu cada vez mais distante e vaga como os sonhos de menina que escondi por baixo da areia inexplorada duma praia qualquer...

Thursday, February 24, 2005

24 de Fevereiro de 2004

Querida Teresa:

Tive o primeiro comentário aqui no blog, é engraçado como as pessoas normalmente ficam espantadas por este sentimento subtil que tenho por ti, não sei explicar, nunca soube fazer-te compreender nem tão pouco imaginas que ainda perdura depois de tanta ausência física e emocional. Um dia quando tiver coragem, quando estiver à altura, isto é, quando me sentir preparada e achar que é o momento dir-te-ei todas as palavras que até hoje não te disse.

Tuesday, February 22, 2005

22 de Fevereiro de 2005

Querida Teresa:

Foi uma surpresa vir ao blog e ver que veio cá visitar-nos tanta gente, um dia também virás e saberás finalmente o quanto te adoro. Não tenho tido notícias tuas, de qualquer modo não te vou obrigar a escrever-me, quando tiveres uma pontinha de saudade minha hás-de me bater à porta do coração. O tempo por cá está frio mas nem se compara com a sensação gélida da alma, do vazio que deixaste em mim ou que a vida foi deixando e acrescentando com a sua foice de crueldade. É claro que também existem coisas bonitas, dignas de celebração, pois ao fim e ao cabo, a vida é um milagre. E tu também.

Tuesday, February 15, 2005

15 de Fevereiro de 2005

Querida Teresa:

Pra semana escrever-te-ei sobre aquele assunto da terapia, pois por ora não tenho mais nada a acrescentar. Não me apetece nada, não sei por que viver.

Wednesday, February 09, 2005

9 de Fevereiro de 2005

Querida Teresa:

Tens de me desculpar esta breve ausência de teclado, para além de ultimamente ter andado deprimida, sem vontade de fazer nada, nem escrever, não tenho tido possibilidades de vir à net. Escrevi-te um e-mail a contar o meu estado emocional, tu compreendes-me, apesar de tudo. Também carregas a mesma sina de balanças, será que somos almas gémeas? Que horror, claro que não, sou demasiado reles, não mereço nada.
Apetece-me voar, para longe, tens coragem de vir comigo?