22 de Outubro de 2007
Querida Teresa:
São quase duas da manhã; ouve-se uma mistura de sons estranhos lá fora, cantos humanos, sussurros do vento, a pura mudez da noite. O cansaço afaga-me as costas dobradas de mil anos de existência de lassidão, talvez já com a tua fiel companhia a assombrar-me entre o maravilhoso e o terror – “terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo”. Bebo o chá para tranquilizar a mente, hoje, ressequida por experiências desgastantes, aborrecidas, terrivelmente quotidianas; e tu és o meu refúgio nocturno possível.
São quase duas da manhã; ouve-se uma mistura de sons estranhos lá fora, cantos humanos, sussurros do vento, a pura mudez da noite. O cansaço afaga-me as costas dobradas de mil anos de existência de lassidão, talvez já com a tua fiel companhia a assombrar-me entre o maravilhoso e o terror – “terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo”. Bebo o chá para tranquilizar a mente, hoje, ressequida por experiências desgastantes, aborrecidas, terrivelmente quotidianas; e tu és o meu refúgio nocturno possível.