7 de Abril de 2011
Querida Teresa
hoje não recebi palavras tuas que pudessem terminar o meu dia em perfeição. Uma parte de mim desconfiava que isso possa acontecer, e outra parte teimava em segurar a esperança com as mãos enfraquecidas e vazias. Pois, talvez tivesse excedido na minha sinceridade relativamente ao que senti depois de te (re)ver, tivesse revelado demasiado cedo e de forma nada subtil, o meu desejo veemente de te agradar. Nada disse que não fosse a verdade, porém. Talvez devesse ter refreado a sofreguidão da minha pena e mantido a distância cordial entre duas amigas de bem. De qualquer modo, minha Teresa, não me desespero, antes pelo contrário, quanto mais te calas, mais a voz do meu coração se faz ouvir; quanto mais te afastas, mais te sinto próxima do meu pensamento; quanto mais me ignoras, mais forte e sublime se torna o meu amor imperecível. Sabes que te espero, em qualquer esquina hipotética deste vasto universo, sempre com um sorriso reluzente a iluminar-nos nas trevas.