23 de Outubro de 2008
Querida Teresa,
Deixa-me saudar-te com a força do sol esplêndido, que neste momento me arrebata a inspiração com o seu calor. Está efectivamente um dia bonito, em que apetece estar em casa e não me fechar num cubículo de ferro, aço, madeira para no final do mês ter uns míseros euros para a sobrevivência. No entanto, isso é tão necessário como o alimento da alma e do espírito que é a escrita - não só de pão vive o homem mas não se vive apenas de utopias nem de fantasias. Quando tinha dezassete anos julgava que era possível viver e morrer por tua causa, pelos vistos, dez anos depois continuo a respirar com urgência como um clarão. Tenho em mente alguns projectos, ando a esboçar textos, versos, ideias tão refulgentes que chegam a arder as minhas mãos. Trago-as acesas, quentes, sedentas de palavras, as que transbordam do meu corpo para o papel, as passíveis de reclamar o teu regresso.
Deixa-me saudar-te com a força do sol esplêndido, que neste momento me arrebata a inspiração com o seu calor. Está efectivamente um dia bonito, em que apetece estar em casa e não me fechar num cubículo de ferro, aço, madeira para no final do mês ter uns míseros euros para a sobrevivência. No entanto, isso é tão necessário como o alimento da alma e do espírito que é a escrita - não só de pão vive o homem mas não se vive apenas de utopias nem de fantasias. Quando tinha dezassete anos julgava que era possível viver e morrer por tua causa, pelos vistos, dez anos depois continuo a respirar com urgência como um clarão. Tenho em mente alguns projectos, ando a esboçar textos, versos, ideias tão refulgentes que chegam a arder as minhas mãos. Trago-as acesas, quentes, sedentas de palavras, as que transbordam do meu corpo para o papel, as passíveis de reclamar o teu regresso.